segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Rio de Janeiro - parte 1

Sol e chuva. Estranha a sensação de sentar numa segunda-feira fria e chuvosa para escrever sobre um final de semana de sol e alegria no Rio de Janeiro. Parece que foi algo sonhado mas foi algo vivido. O por do sol de sexta-feira percebido na Dutra já era um presságio dos momentos que viriam pela frente. Prometo não fazer mais isso, mas foi irresistível pedir a camera por um instante enquanto dirigia para arriscar uma foto cega do que me aparecia no espelho lateral.

I love Sesc. Chegamos no Rio de Janeiro perto das sete da noite a tempo de fazer o check-in no SESC Copacabana onde Daia e eu ficamos hospedados. Imaginei que seria um tipo de albergue e estava preparado para um lugar bem simples. Errei. Para terem uma idéia da surpresa, descobri que o projeto do hotel é de Oscar Niemeyer! Perfeito no atendimento e no conforto. O melhor: mais barato que o Formule 1, com a vantagem de ter o café da manhã incluído e estacionamento para o carro, que ficou por lá durante toda a estada no Rio.

O treino entre faixas-pretas estava marcado para as 21h de sexta. Soube que Guilherme já havia chegado ao Dojo e que Vitor não chegaria a tempo por ter perdido o vôo em São Paulo. Foi um treino conduzido por Gentil Sensei e estava feliz em treinar e reencontrar os amigos cariocas Julio, Raquel, Ives e Edmundo. Senti a falta do Billy, que estava em São Paulo gravando o Altas Horas e só chegaria no sábado.




Chega de saudade. Na manhã seguinte, o treino começaria às 11h. Antes de chegar ao Círculo de Aikido, Daia e eu passeamos por Copacabana e pude matar a saudade da Rua Raimundo Correia onde vivi até os 12 anos. Matei também a saudade das amendoeiras com folhas grandes que ainda fazem sombra nas calçadas onde jogava bola e andava de bicicleta. Pedi uma foto em frente ao antigo Colégio Santa Filomena e na porta do Edificio Cristal onde morei toda minha infância. Lembrei que anos atrás eu cheguei a subir com meu filho Daniel até o apartamento 303 onde morei para tentar entrar (!) no lugar que vivi. Olhando pai e filho pelo visor e sem destrancar a porta, a atual dona do imóvel achou minha versão muito suspeita para abrir a porta e permitir a estranha visita. Até hoje minhas irmãs riem quando lembram deste surto de ingenuidade ...

A esquina da minha infância

Edifício Cristal


Antigo Colégio Santa Filomena na av. Barata Ribeiro

4 comentários:

Daia Mistieri disse...

Muito especial essa viagem mesmo.

Vc sentado no muro da antiga escola, que agora mais se parece uma casinha de bruxa das histórias infantis, lembra bem um moleque esperando o sinal da escola bater pra correr pra dentro.

Unknown disse...

que legal...!

O Primogênito disse...

Muito legal todo o relato da experiência do Setembro sem Carro e do Rio! Mas um pequeno detalhe... Fui eu quem subi com você no 303!!

José Bueno disse...

Oi filho
Faz tanto tempo assim?
Então voce devia ter uns 5 anos e eu uns 29. Não botei fé que fosse uma historia de 20 anos e sim tivesse ocorrido com teu irmão.
Beijos do pai