quinta-feira, 28 de maio de 2009

GNT


Agradecimentos importantes:

Ao Mauricio Fujimoto, amigo e parceiro em vários projetos, faixa-preta que enriqueceu esta matéria com sua presença no tatame.
À Lia Diskin, Lucia Benfatti, Felipe Fagundes e todos do Instituto Palas Athena que abriram as portas para realização do 1º workshop Bun Bu Ryo Do, o Pincel e a Espada.
Aos artistas e guerreiros Sonia, Lourdes, Roberto, Marcelo, Elaine, Marcia, Daniela, Beto, Regina, Mônica, Rita, Jussara, Wanda e Naomi que foram os co-criadores de uma experiencia sublime.
À Daia e ao Sema que disponibilizaram a cópia do programa em arquivo digital.
E por fim à Fernanda, Cláudia, Patrícia Travassos e todos da produção do Alternativa Saúde/GNT.

É isso aí. Espero que curtam.



domingo, 24 de maio de 2009

Você já comeu sua Amazônia hoje?

Reproduzo abaixo trechos do longo e perturbador texto escrito por João Meirelles Filho, diretor geral do Instituto Peabiru, em Belém. Apesar de herdeiro de uma tradicional família de grandes pecuaristas, ele largou tudo para dedicar sua vida a salvar o que resta da floresta amazônica ameaçada pelos pastos que avançam a cada dia. Inevitável não pensar em parar de comer a Amazônia.

Amazônia: Carnaval ou Quaresma?
Por João Meirelles Filho, do Instituto Peabiru

Para os cristãos o carnaval é o momento da ruptura, onde tudo pode, a folia sem limites. A quaresma, que lhe segue, é a quarentena da comiseração, do sacrifício, da meditação. A palavra carnaval origina-se do latim medieval, de carne levare – abstenção a carne.

A Amazônia dos últimos 40 anos, desde o golpe militar de 1964, é a Amazônia do tudo pode, do carnaval – pode matar índio, pode expulsar caboclo e quilombola, pode grilar terra, pode roubar madeira, pode abrir pasto pra boi, pode garimpar ouro, pode plantar soja, pode transformar castanhal em pasto. Tudo pode. Deu no que deu: 70 milhões de hectares desmatados para pastarem os bois: mais que a soma dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos!

Para a Amazônia só ficam os troféus - campeã mundial de desmatamentos e queimadas, campeã de escravização de mão de obra, campeã de desrespeito aos direitos humanos, campeã de exclusão digital, de doenças tropicais, de localidades sem bibliotecas.

O boi é o carrapato do Brasil. Suga nossa seiva, nossa selva. O boi suga nossa inteligência, nossa capacidade de pensar, nossa capacidade de nos expressarmos enquanto Nação, nos encouraça – o Brasil é um pasto cercado de arame farpado por todos os lados.

A população da Amazônia, como sempre, nem de carne de qualidade e a baixo preço se beneficia – a carne é mais cara que no Sudeste, de qualidade duvidosa e origem incerta (boa parte é oriunda de abate clandestino, o boi-mato). De toda carne da Amazônia só 15% fica na região. O restante é enviado aos outros retiros do Brasil: São Paulo e o Sudeste devoram a Amazônia. De cada três bifinhos mastigados no Brasil, pelo menos um vem da Amazônia. Você já comeu a Amazônia hoje? São mais de 75 milhões de cabeças de gado bovino na Amazônia. Em 1964 eram pouco mais de 3 milhões. Em 2020, se nada for feito, serão 200 milhões de cabeças.

Destas 75 milhões, pelo menos 10 milhões são de bois piratas – bois sem registro, sem vacina, sem controle, boi que não paga imposto, boi dentro de terra indígena e parque, que os donos escondem no fundo das invernadas, comercializados sem ninguém saber.

Para piorar, a pecuária da Amazônia gera desmatamento e queimadas, que tornam o Brasil um dos campeões do aquecimento global. Setenta e cinco por cento da contribuição brasileira ao efeito estufa vem do churrasco pirotécnico amazônico. Você cidadão gasta mais carbono ao comer seu bifinho que com o uso de veículos automotivos ou passagens aéreas.

A verdadeira causa da destruição da Amazônia é o forte crescimento do consumo de carne no último meio século. E o Brasil oferece a Amazônia para ser o grande curral o planeta. Além do sambódromo do Rio e do bumbódromo de Parintins, agora a Amazônia é o bifódromo do Planeta.

As próximas gerações não nos perdoarão por tamanho desprezo pela Amazônia e seus habitantes. Seremos aquela geração que preferiu trocar a Amazônia por mais um bifinho e um saco de carvão. Quando a próxima geração chegar teremos perdido metade,ou mais, da Amazônia porque temos preguiça de tratar o assunto com seriedade.

O que devem pensar de nós o restante do mundo quando nos vêem, pacientemente, transformar a maior floresta tropical do Planeta em picadinho? Será que não pensam assim: como podem os brasileiros, tão alegres no Carnaval, tão simpáticos, tão bonzinhos e inteligentes, aceitar entregar a Amazônia por tão pouco?

Aceitemos nossa reles condição: somos os escravos da pecuária. A pecuária é o principal motor de destruição do Brasil. Foi ela que destruiu a Mata Atlântica, o Cerrado, a Caatinga e agora devora a Amazônia. O estado de São Paulo, famoso por seus canaviais, ainda tem mais terra com boi que para cana.

Em termos mundiais a situação é ainda mais grave. A pecuária (e a área necessária para produzir comida pra boi) ocupa 40% das terras aráveis do Planeta (FAO, 2007). Isto porque a humanidade escolheu o boi como uma de suas principais fontes de proteína animal. O boi, o pior conversor de energia que existe, precisa comer 7 kg de cereal para produzir 1 kg de carne. A comida que
alimenta os boizinhos daria para saciar a fome de todo o planeta e sobraria arroz para o dia seguinte.

O problema é que o consumo de carne cresce de maneira astronômica. Enquanto o argentino e o norte-americano comem mais de 60 kg de carne bovina por ano, o brasileiro come mais de 36 kg e o chinês, magros 5 kg/ano. Se os chineses desejarem (e querem muito) dobrar seu consumo de carne, não há boi no planeta para sacia-los e aí teremos que decidir: vamos alimentar bois para os pratos chineses ou vamos tentar manter o angu do planeta Terra funcionando?

Será que não conseguimos uma combinação de atividades sustentáveis a partir da floresta em pé, da recuperação das áreas degradadas com culturas permanentes, de uma aqüicultura cabocla, de uma mineração inteligente e de ecoturismo para valer?

O Brasil sairá da adolescência quando perceber que o boi é o carrapato que suga todas as nossas forças. O boi é o carrapato que faz um verdadeiro carnaval com a gente: tem mais boi que gente neste Brasil. Está na hora de reaprendermos a ser brasileiros. Cidadania começa em nossos pequenos atos: o que decidimos comer, por exemplo.

Está na hora de pilotarmos o carrinho de supermercado cientes de que cada escolha nossa constrói ou destrói a Amazônia. Se para o dono do supermercado tanto faz de onde vem a carne, para você talvez seja diferente. Pergunte, exerça seu direito de consumidor e cidadão.

Prepare a sua fantasia para o próximo carnaval – de curupira, saci-pererê – xô boi feio, o carnaval do ano inteiro - do açaí, do cupuaçú, do ecoturismo, da madeira certificada, do turismo consciente, da Amazônia digna e respeitada. Adeus ao carnaval do Brasil da boiada sem fim.

Fonte: Instituto Peabiru / Envolverde

quarta-feira, 20 de maio de 2009

gil ber to gil

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Desenho feito no bloquinho do seminário durante o discurso abertura do ex-ministro Gilberto Gil. 

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cultura de Paz no SESC Pinheiros

SEMINÁRIO IDENTIDADE E DIVERSIDADE CULTURAL 
Para Uma Cultura da Convivência do Diverso
 
 Identidade e diversidade cultural - conceitos em debate que se encontram associados a sistemas de representação das relações entre indivíduos e grupos, questões de direcionamento sexual, de hibridismos, da crítica à noção de raça à ênfase na etnicidade, das diferenças culturais, das novas identidades políticas e das singularidades. 

Indígenas, quilombolas, migrantes, refugiados, ciganos, homossexuais, latino-americanos fazem-se presentes como atores políticos e sociais a partir das diferenças de gênero, culturais e étnicas.

O campo da cultura torna-se instrumento de definição de políticas de inclusão social, de promoção do respeito e de uma cultura da paz. 

Local Teatro Paulo Autran. 
SESC Pinheiros - 19 a 21/05

domingo, 10 de maio de 2009

oscar & tomie


Daniel e Ornella, Sofia, Daia e eu fomos assistir Danilo Brito, Altamiro Carrilho e convidados no Auditório Ibirapuera. Chorinho nas mãos dos melhores. Chegamos uma hora antes do show. Inevitável contemplar as generosas linhas de Niemeyer e Tomie Otake.

anos depois...

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quarta-feira, 6 de maio de 2009



WORKSHOP

BUN BU RYO DO
O pincel e a espada
Um só caminho

O propósito da arte Sumi-e é encontrar a essência de um objeto ou paisagem e traduzí-la no papel, em breves pinceladas. Na arte Aikido, a serenidade para perceber e aceitar o conflito é decisiva para uma solução harmônica. Em ambas as artes encontram-se os elementos básicos da arte Zen: suavidade, simplicidade, pureza e elegância. Cada traço e cada gesto são vividos como únicos e realizados com todo o ser.

Neste workshop, em quatro sessões de duas hora e meia, os participantes terãoa oportunidade de vivenciar o Sumi-e e o Aikido e descobrir as qualidades que integram o guerreiro ao artista. Os encontros serão conduzidos pelo professor José Bueno, arquiteto e faixa-preta - quarto dan na arte Aikido.

Grupo 1: Encontros aos sábados - das 16:00 às 18:30 horas
Datas: 16/05 - 23/05 - 30/05 - 06/06

Grupo 2: Encontros às quartas-feiras - das 17:00 às 19:30 horas
Datas: 03/06 - 10/06 - 17/06 - 24/06

Investimento: R$ 320,00 + R$ 80,00 para tinta, pincéis e papéis.

Local: Oficina do Ser - Rua Texas, 610 - Brooklin - São Paulo - SP

Inscrições e informações com Katia, pelo telefone: (11) 5533-4848

Visite: www.oficinadoser.com.br

Projeto Converse com a Subprefeitura

Projeto Converse com a Subprefeitura pretende melhorar os serviços prestados na região com o apoio dos moradores

A subprefeitura de Pinheiros definiu os próximos encontros do Projeto Converse com a Subprefeitura, série de audiências públicas com a comunidade que tem o objetivo de aproximar os moradores e a subprefeitura. As próximas reuniões acontecerão com as comunidades dos distritos Jardim Paulista, Pinheiros e Alto de Pinheiros.

Os moradores serão recebidos pelo subprefeito Nevoral Bucheroni e sua equipe. A proposta do Projeto Converse com a Subprefeitura é escutar demandas, reclamações e acolher sugestões para a melhoria dos quatro distritos da área: Alto de Pinheiros, Itaim Bibi, Jardim Paulista e Pinheiros, onde vivem cerca de 272,5 mil pessoas.

No dia 6/5 quem conversará com a subprefeitura são os moradores do distrito de Pinheiros, que possui cerca de 65 mil habitantes. Pinheiros está delimitado pela rua Heitor Penteado, Av. Paulo VI, rua Henrique Schaumann, Al. Gabriel Monteiro da Silva, Rua Groenlândia, Av. Nove de Julho, Av. Cidade Jardim, Marginal Pinheiros, rua Professor Frederico Hermann Jr. e rua Natingui.

Todos os encontros acontecem das 19 às 21 horas, no auditório Chico Mendes, dentro da Subprefeitura de Pinheiros, que está localizada na Avenida das Nações Unidas, 7.123. O auditório tem capacidade para 110 pessoas.

Eu vou e corro em seguida para o Dojo.

FONTE: http://portal.prefeitura.sp.gov.br/noticias/ars/pinheiros/2009/04/0006

segunda-feira, 4 de maio de 2009

aprendizes de Recife




















Receber estes pernambucanos em casa, ou seja, Mario Morato, Paulo Gurgel, Wilson Tenório e Luciano mais os meninos que treinam no Instituto Nossa Sra. de Fátima em Recife foi muito especial. E também um passo importante para a Ação Harmonia que reuniu aprendizes de Paraisópolis, do Jardim Jaqueline e da Favela do Coque de Recife num momento de integração rara. Agradeço aos que financiaram as passagens dos meninos para São Paulo dando uma oportunidade para eles participarem da festa dos 15 anos.

Além de ter sido a primeira viagem de avião, teve pizzada, comida caseira no Feijão de Corda, visita ao Museu do Futebol, sentiram um frio que não conheciam, visitaram o bairro da Liberdade, comemos churrasco em casa e até um banho de piscina aquecida rolou por aqui. Fora os treinos com outros meninos e meninas da Ação Harmonia e também com a turma dos adultos.

Espero que cada minuto fique para sempre no caminho de cada um de vocês e que a gente possa repetir esta maravilhosa bagunça muitas vezes.

Sejam sempre bem-vindos e até muito breve.




domingo, 3 de maio de 2009

15 anos






Nem sei por onde começar.
Foi tudo tão lindo, tão mágico, tão cheio de ki, tão gostoso.
Num fim de semana de feriado com Virada Cultural e final de campeonato com Corinthians x Santos no Pacaembú, festejamos os 15 anos do Aikido Harmonia no 1º de maio na rua dos Cariris 13. No mesmo dia que lembramos a falta do Airton Senna coincidentemente há exatos 15 anos.

Uma certeza: nossa festa teve a energia de muita gente para acontecer.

Onibus da Benfica para buscar a garotada de Paraisópolis, Daia indo pegar novas canecas na rua Clélia (que não era na Lapa mas em Jundiaí), comitiva pernambuca com 6 pessoas hospedada em casa, homus, babaganuchi, pão folha, kibes e esfihas do amigo Samir da Folha de Uva, faixas-pretas de vários Dojos aparecendo para o treino, 35 bonequinhos feitos com massa de modelar pelo Flávio, bolo divino de abacaxi, placa comemorativa na caixinha de veludo lida com sotaque nordestino pelo pequeno Arlan, entrega do hakamá para a Mari, lançamento do novo site do Aikido Harmonia, alunas da Palas Athena que chegam ao Dojo pelo workshop Bun Bu Ryo Do, surpresa digital do Aiki-PE, lanche da garotada nos vizinhos da Capoeira Nzinga e muito mais.

Não foi uma festa. Foi um transbordamento. Minha vida estava lá. Tudo e todos estavam lá. E uma sensação estranha de estar começando. 15 anos de Dojo, 25 anos de Aikido e um sentimento de vitalidade como nunca senti. Olho para os próximos 15 anos e penso o que mais vem por ai.

Gratidão sem fim. Alegria sem fim. Energia sem fim.
Segunda às 7h a festa continua.