Enquanto esperava na rua observei que em frente ao prédio havia um restaurante, o Morisushi. Lembrei que há alguns anos recebi uma encomenda do amigo e designer Milton Cipis que cuidava do projeto de identidade visual do restaurante. Ele me pediu na ocasião um barco tradicional japonês em sumi-e. Depois de algumas pesquisas cheguei a um resultado final e entreguei o desenho.
Na véspera da inauguração do restaurante no Itaim uma construtora comprou o imóvel e os terrenos ao redor para construir um prédio e o restaurante não foi inaugurado. Recebi o valor pela ilustração mas não recebi mais notícias desse restaurante. Até descobri-lo sem querer no domingo passado. Era o tal Morisushi que estava lá, funcionando num novo endereço. Atravessei a rua para entrar e conferir se haviam usado a ilustração do barco. Logo percebi o desenho estampado nas camisetas vermelhas dos garçons e num grande painel na parede principal. E também nos cardápios e nos cartões. Pedi um exemplar de um cardápio velho para mostrar para Daia e Daniel que aguardavam no carro e logo contar esta história para eles. Por aqui eu colo um pedaço da imagem do cardápio que não coube inteira no meu scanner. Essa descoberta no domingo passado foi o suficiente para viajar feliz para Campinas.
5 comentários:
linda história, Sensei.
as vezes basta soltar nossas energias pelo mundo e em algum lugar ela aparecerá.
abs
#chupa, Renina!
Que coisa, hein?
Uma boa ação bem recompensada.
São os mistérios da vida...
bj
Oi Goper, oi Noemï, oi Rita
O gostoso disso tudo é contar essas coisas depois de décadas ...
Dias atrás recebi uma mensagem em particular de uma colega da FAU que leu esta passagem que vivi com a Renina e me confidenciou que foi testemunha de outro episódio onde ela "desestimulou" um aluno.
Era uma apresentação da Tese de Graduação Interdisciplinar (TGI) na FAU e o tema era relacionado à cinema. A Renina disse para o aluno procurar outra coisa pra fazer porque ele não tinha talento nenhum pra coisa... A melhor parte da história é saber que o personagem desta história foi o Fernando Meirelles.
Ainda bem que ele não deu muita bola e continuou pesquisando a linguagem do vídeo, do cinema e hoje ele é quem ele é.
lindo!
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