segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Aikido em Campos de Jordão
domingo, 27 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Cabeça, olho e coração numa mesma linha de mira
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O IMAGINÁRIO A PARTIR DA NATUREZA
[Texto de Cartier-Bresson]
A câmera fotográfica é para mim um caderno de esboços, o instrumento da intuição e da espontaneidade, o mestre do instante que, em termos visuais, ao mesmo tempo questiona e decide. Para “significar” o mundo é preciso sentir-se implicado naquilo que se recorta através do visor. Essa atitude exige concentração, sensibilidade, um senso de geometria. É por uma economia de meios e, principalmente, um esquecimento de si que se chega à simplicidade de expressão. Fotografar: é prender o fôlego quando todas as nossas faculdades convergem para captar a realidade fugidia; é aí então que a apreensão de uma imagem é uma grande alegria física e intelectual. Fotografar: é num mesmo instante e numa fração de segundo reconhecer um fato e a organização rigorosa das formas percebidas visualmente que exprimem e significam esse fato. É pôr na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração. É um modo de viver.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Setembro sem carro - dia 22
Dia Mundial sem Carro - Oded Grajew
Nesse modelo, o trânsito das grandes e médias cidades brasileiras ocupa um tempo precioso de todos os que nelas vivem, estudam e trabalham -o paulistano desperdiça, em média, duas horas e 43 minutos todos os dias nos congestionamentos. Tempo que poderia ser usado para o lazer, a cultura, para namorar, para estar com amigos e familiares.
Não bastasse todo esse tempo perdido, ainda ficamos expostos a um trânsito totalmente poluído, causando tumores e inúmeras doenças respiratórias e cardiovasculares. Estudos da Faculdade de Medicina da USP apontam que, apenas na cidade de São Paulo, morrem, em média, 12 pessoas por dia devido à poluição, encurtando a vida média do paulistano em um ano e meio.
Além do custo em vidas, os impactos operacionais e financeiros no sistema de saúde causados pela poluição são imensos. No mesmo sentido, é importante lembrar que o setor de transportes é responsável por 15% dos gases que causam o aquecimento global e a mudança climática.
O diesel e a gasolina consumidos no Brasil estão entre os piores do mundo, e a indústria automobilística fabrica motores menos poluentes apenas para exportação. Apesar disso, tramita no Congresso um projeto de lei que permite a comercialização no Brasil de carros leves a diesel.
Com a qualidade atual do diesel brasileiro (contendo altíssima quantidade de enxofre) e a tecnologia dos motores que a indústria automobilística utiliza no Brasil, a aprovação dessa lei resultaria na morte adicional de milhares de brasileiros por ano.
A inspeção veicular, obrigação dos governos estaduais e dos grandes municípios, ainda está muito longe de cumprir seu papel.
Nos acidentes de trânsito, morrem cerca de quatro pessoas por dia na cidade de São Paulo -44% pedestres, 18% motociclistas, 9% passageiros ou motoristas de autos e 3% ciclistas.
Nos últimos cinco anos, o Departamento Nacional de Trânsito teve à disposição R$ 415 milhões (provenientes das multas) para investir em projetos de redução de acidentes. Só R$ 5,3 milhões foram repassados!
Estudo da FGV calcula que a cidade de São Paulo deixa de gerar R$ 26,8 bilhões por ano devido à perda de tempo nos congestionamentos e aos custos totais ligados a acidentes e doenças derivados do trânsito.
Muitos fatores alimentam esses números sinistros. Nosso modelo de desenvolvimento urbano promove enorme desigualdade social, que obriga milhões de pessoas a se locomoverem por grandes distâncias para ter acesso ao trabalho e aos serviços e equipamentos públicos. Vivemos, cada vez mais, um modelo de mobilidade e transporte que oferece todos os incentivos possíveis para a locomoção por meio do automóvel.
Enquanto isso, os investimentos em transporte público coletivo continuam se arrastando lentamente.
Bilhões de reais que poderiam melhorar imediatamente o transporte público são gastos em túneis, novas pistas e avenidas que em pouco tempo estarão entupidas (são 800 novos carros por dia nas ruas de São Paulo!).
O governo federal promove incentivos fiscais e creditícios para a indústria automobilística sem a contrapartida de motores menos poluentes e matriz energética mais limpa.
Para mudar esse quadro, não faltam exemplos e propostas: dar prioridade absoluta para metrô, trens e corredores de ônibus; estabelecer políticas para facilitar e incentivar a locomoção por bicicletas; melhorar a qualidade do diesel e da gasolina e incrementar o uso de combustíveis mais limpos; comercializar no Brasil automóveis, ônibus e caminhões com a mesma tecnologia menos poluente que a indústria automobilística utiliza na Europa e nos EUA; oferecer segurança para o pedestre, calçadas de boa qualidade, acessibilidade universal para os deficientes físicos, rigor nas leis de trânsito e programas de educação cidadã; implementar inspeção veicular em toda a frota automobilística; redimensionar os investimentos públicos para diminuir a desigualdade social e regional na oferta de trabalho e no acesso a equipamentos e serviços públicos para diminuir a necessidade de deslocamentos.
Cabe à sociedade convencer os governos a priorizar, acima de localizados e poderosos interesses econômicos, a qualidade de vida dos cidadãos.
ODED GRAJEW , 65, empresário, é um dos integrantes do Movimento Nossa São Paulo e membro do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. É idealizador do Fórum Social Mundial e idealizador e ex-presidente da Fundação Abrinq. Foi assessor especial do presidente da República (2003).
FONTE: Jornal A Folha de São Paulo 20/09/2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
20/09 - Domingo em São Paulo
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Setembro sem carro - dia 18
Desafio Intermodal em São Paulo
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Setembro sem carro - dia 17
Primeiro balanço. Nas conversas em torno da experiência de ficar sem carro por um mês percebi que deixar o hábito de usar o carro requer uma mexida em uma porção de crenças, idéias, comportamentos e na própria relação com a cidade. É como parar de fumar. Todo fumante sabe que faz mal, que deveria parar mas é um hábito encrustrado e com raizes profundas. Largar o carro é um exercício de desapego que tenho encarado menos como um sacrifício e mais como um jogo, uma experiência lúdica.
Prós e contras.
Alguns argumentos que protegem o uso do carro como meio de transporte preferido:
1. uso sozinho e decido quando ir e quando voltar sem depender de ninguem
2. me sinto seguro e protegido dentro dele.
2. é confortável, posso ouvir música e abstrair o barulho de fora fechando os vidros.
3. se tiver ar condicionado, não importa o tempo lá fora, chuva ou calor, dentro esta sempre fresquinho.
4. não sinto cheiro e não tenho contato com pessoas, ou seja, é mais higiênico.
5. defino a velocidade que quero (mais ou menos, né?)
6. dá status e é algo que está ligado a minha identidade, meu jeito de ser (adventure, stile, mille, ecosport, classic, off-road, etc)
7. é facil de financiar em parcelas pequenas por 5 anos.
O que mais?
Argumentos que fortalecem a opção pelo não-uso do carro como meio de transporte principal:
1. contribui para congestionar a cidade e polui o ar.
2. é irracional uma tonelada ou mais para transportar na maioria das vezes uma só pessoa
3. tem um alto custo de manutenção: IPVA, seguro, estacionamento e combustivel
4. isola o usuário do convívio com outras pessoas
5. alimenta o círculo vicioso que pede mais investimento na malha viária da cidade: pontes, marginais, avenidas, estacionamentos.
6. contribui para o sedentarismo e a acomodação.
7. estressa o usuário por vários motivos: segurança, engarrafamento, transito caótico, motoqueiros, radares, etc.
O que mais?
Hoje percebo uma boa sensação de maior independência da necessidade de usar o carro. Vou voltar a usá-lo em breve mas com certeza de um outro jeito. Talvez passe a usá-lo 10 vezes menos do que usava anteriormente. Quero te-lo como meio disponível entre outros como caminhar, ir de ônibus, de metro, de trem, de carona, de bicicleta e de taxi. Talvez venha a usá-lo somente nos finais de semana para algum programa com a familia toda, um passeio ou viagem.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
22/09 - Dia Mundial Sem Carro
Em 2001, 11 cidades brasileiras aderiram ao Dia Mundial Sem Carro: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas (RS); Piracicaba (SP); Vitória (ES); Belém (PA); Cuiabá (MT), Goiânia (GO);Belo Horizonte (MG); Joinville (SC); São Luís (MA). Em São Paulo, a iniciativa é realizada desde 2005, sob a coordenação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.
Em 2007, protagonizada pelo Movimento, a campanha para o Dia Mundial Sem Carro engajou entidades de todas as regiões da cidade e despertou a atenção da população e do poder público para assuntos decisivos para a vida em São Paulo, como cidadania no trânsito, congestionamentos, respeito ao pedestre, segurança e poluição.
Em 2008, o Nossa São Paulo também organizou atividades importantes para marcar a data. Entre elas, o debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo que abordaram as propostas para transporte, mobilidade e poluição do ar, e um ato público pela comercialização no Brasil do diesel com menos enxofre.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Rio de Janeiro - parte 2
Depois de uma soneca merecida no começo da noite voltamos a nos encontrar no Jardim Botânico. Seguimos para o restaurante Nanquin e lá ficamos todos até a 1h00. Dormimos depois das 2h00 e estranhamente eu já não sentia sono às 7h da manhã. Enrolei até às 8h e logo tomamos café para aproveitar o sol antes das 10h. Corri até o Leme e voltei, o que deu exatos 5 km em 30 min. Queria correr mais mas senti o cansaço de uma noite curta e já fazia muito calor às 9h00. Uma corridinha de bom tamanho. Depois de fechar a conta no SESC, convidados pelo Julio e Raquel fomos almoçar no Clube Naval na beira da Lagoa. Ainda aproveitei a sauna do clube. No bar da sauna, reencontro o atendente José Givaldo que adora correr. Conseguiu um treinador e a partir da semana que vem terá um apoio profissional para seguir correndo. Julio topou e vamos dar uma força para ele com um tênis legal. Pedi para ele falar algumas coisas e fiz um filminho que está no final das fotos.
Rio de Janeiro - parte 1
I love Sesc. Chegamos no Rio de Janeiro perto das sete da noite a tempo de fazer o check-in no SESC Copacabana onde Daia e eu ficamos hospedados. Imaginei que seria um tipo de albergue e estava preparado para um lugar bem simples. Errei. Para terem uma idéia da surpresa, descobri que o projeto do hotel é de Oscar Niemeyer! Perfeito no atendimento e no conforto. O melhor: mais barato que o Formule 1, com a vantagem de ter o café da manhã incluído e estacionamento para o carro, que ficou por lá durante toda a estada no Rio.
O treino entre faixas-pretas estava marcado para as 21h de sexta. Soube que Guilherme já havia chegado ao Dojo e que Vitor não chegaria a tempo por ter perdido o vôo em São Paulo. Foi um treino conduzido por Gentil Sensei e estava feliz em treinar e reencontrar os amigos cariocas Julio, Raquel, Ives e Edmundo. Senti a falta do Billy, que estava em São Paulo gravando o Altas Horas e só chegaria no sábado.
Chega de saudade. Na manhã seguinte, o treino começaria às 11h. Antes de chegar ao Círculo de Aikido, Daia e eu passeamos por Copacabana e pude matar a saudade da Rua Raimundo Correia onde vivi até os 12 anos. Matei também a saudade das amendoeiras com folhas grandes que ainda fazem sombra nas calçadas onde jogava bola e andava de bicicleta. Pedi uma foto em frente ao antigo Colégio Santa Filomena e na porta do Edificio Cristal onde morei toda minha infância. Lembrei que anos atrás eu cheguei a subir com meu filho Daniel até o apartamento 303 onde morei para tentar entrar (!) no lugar que vivi. Olhando pai e filho pelo visor e sem destrancar a porta, a atual dona do imóvel achou minha versão muito suspeita para abrir a porta e permitir a estranha visita. Até hoje minhas irmãs riem quando lembram deste surto de ingenuidade ...